comunicação como troca de memória se faz compreender para mim, a partir do momento em que só podemos passar uma informação quando a temos retida em alguma parte de nosso corpo, por isso, informação torna-se um arquivo de memória. mas, também, informar não é comunicar. a comunicação envolve processos muito mais orgânicos, dinâmicos e complexos do que uma suposta transmissão de informação, de um hardware p outro.
o pre-texto é como um con-texto, pois, trata de tentarmos entender quais são as relações e diálogos que pretendemos elaborar aqui partindo desse con-viver, distanciado pelo mar, porém, próximo pela matéria que nos intermediará, que por hora são estes bits de informação da virtualidade, mas que daqui há algumas trocas poderá ser uma folha de papel, um tecido, folhas, madeira, infinitamente até que nossa imaginação permita.
e como disse, para mim, há sim algo antes da comunicação, que é a emoção, e é ela que faz querer agir, e é a emoção, ou mais precisamente o amor biológico (maturana) que permiti estabelecer convivência com o outro, e a vida, de modo geral, só se reproduz, multiplica e dissipa devido à esse convívio multifacetado, pois somos todos seres interdependentes – a vida na Terra se faz assim.
a comunicação só faz sentido quando se torna um processo de aprendizagem – porque senão é apenas transmissão de informação hardware-hardware. e efetivamente só aprendemos quando as coisas criam sentido em nossa vida.
então, pronto: qual o sentido disso tudo? se queremos comunicar, de algum modo queremos aprender. aprender o que? quais as nossas pretensões? porque nos disponibilizamos assim? a estar a falar, trocar, aprender, independente da distância física?
de verdade, eu quero muito ser alguém melhor. eu preciso limpar minha mente do mundo da informação que, de uma forma ou de outra, está em mim há 22 anos. eu preciso encontrar meu equilíbrio interno mediante perturbações externas e/ou aquelas que eu nem sei de onde vem (quero aprender a me guiar pelo calendário maia). preciso transformar angústias em ações efetivas.
quero me transformar para poder ver o mundo transformado – ou ter força para transformá-lo.
é isso que quero. e por isso me ponho aqui, a escrever, refletir..
porque, nossas ações devem ter um sentido, não? mesmo os sem-sentido tem um sentido.
isso permite que esse trabalho, mesmo sem saber por onde caminhará, tenha um norte.
e por diversos caminhos pode se chegar no norte.
precisamos, primeiro, ter dentro de nós essa guia.